Por Adamo Bazani
A prefeitura de São Paulo liberou cerca de R$ 100 milhões para pagar desapropriações de imóveis para a implantação de dois novos terminas de ônibus na cidade, o Novo Terminal São Mateus, na zona Leste, e o Terminal Jardim Miriam, na zona Sul.
O decreto prevendo estes recursos foi publicado em Diário Oficial.
Estes dois terminais fazem parte do Plano de Metas da prefeitura para o período de 2021 a 2024, que trocou o compromisso de implantar terminais para uma expressão mais genérica: viabilizar a implantação.
Com a flexibilização do termo, não há mais uma previsão de entrega, mas as desapropriações estão entre os passos iniciais para as obras se concretizarem.
Também fazem parte das metas o Novo Terminal Itaquera e o Terminal Itaim, mas estes não foram contemplados por estes recursos.
Em nota, a SPTrans (São Paulo Transporte), que gerencia os ônibus da cidade, juntos, estes terminais vão receber 440 mil passageiros por dia e 50 linhas municipais.
A SPTrans informa que o recurso será empregado na cobertura das despesas relacionadas a desapropriação de imóveis visando a implantação dos terminais Jardim Miriam e São Mateus, previstos no Programa de Metas da Prefeitura 2021-2024.
Conforme planejamento operacional preliminar, o Terminal Jd. Miriam irá operar com capacidade para receber 20 linhas e beneficiará cerca de 220 mil passageiros. Segundo planejamento operacional, o novo Terminal São Mateus terá cerca de 30 linhas do sistema de transporte coletivo municipal e irá beneficiar aproximadamente 220 mil usuários do transporte público.
Ambas construções serão importantes para elevar o potencial de desenvolvimento urbano da cidade.
Como mostrou o Diário do Transporte, a prefeitura iniciou o processo de repassar ao setor privado a manutenção e exploração comercial dos terminais de ônibus do sistema de transporte coletivo já em 2021.
Na modalidade Parceria Público-Privada (PPP), a concessão transferiu para o setor privado a administração, manutenção, conservação e exploração comercial, além da requalificação, dos Terminais de Ônibus vinculados ao sistema de transporte coletivo urbano de passageiros na cidade.
Divididos em três grandes grupos por região da capital, os equipamentos foram distribuídos nos Blocos Sul, Noroeste e Leste, este último o único que não teve empresa ou consórcio vencedor.
A concessionária SPE SP Terminais Noroeste S/A, liderada pela Socicam, assumiu os terminais que compõem o Bloco Noroeste, com contrato no valor de R$ 1,8 bilhão (R$ 1.789.200.000,00).
Já a SPE São Paulo Sul S.A, liderada pela Egypt Engenharia, assumiu os terminais vinculados ao Bloco Sul, com investimentos no valor de R$ 2,2 bilhões (R$ 2.210.440.320,00).
Agora, a prefeitura prepara a concessão em PPP do Bloco Leste.
Veja a composição dos Blocos:
BLOCO LESTE: Terminais Antônio Estevão de Carvalho, Aricanduva, Cidade Tiradentes, Itaquera II, Mercado, Parque Dom Pedro II, Penha, Sacomã, São Miguel, Sapopemba, Vila Carrão e Vila Prudente, bem como as Estações do Expresso Tiradentes.
BLOCO NOROESTE: correspondente aos terminais Amaral Gurgel, Campo Limpo, Casa Verde, Jardim Britânia, Lapa, Pinheiros, Pirituba, Princesa Isabel e Vila Nova Cachoeirinha, bem como os pontos de parada;
BLOCO SUL: correspondente aos terminais Água Espraiada, Bandeira, Capelinha, Grajaú, Guarapiranga, Jardim Ângela, João Dias, Parelheiros, Santo Amaro e Varginha.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Reprodução https://diariodotransporte.com.br/2023/08/24