Há mais de 40 anos no mesmo lugar, relojoaria no Jardim Miriam guarda histórias entre gerações de clientes

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Desde sua abertura, a relojoaria funciona no mesmo lugar entre um açougue e a Padaria do Jardim Miriam.

Há mais de 40 anos, o senhor João Avelino, 61 anos, ao lado de sua esposa Amara Marlucia, de 62 anos, realizavam a inauguração da relojoaria na Praça do Jardim Miriam. Na época, a região tinha como ponto final, diversas linhas de ônibus e possuía grande fluxo de pessoas, o que fez com que o empreendedor João Avelino colocasse em prática o que já vinha planejando. Desde sua abertura, a relojoaria funciona no mesmo lugar entre um açougue e a Padaria do Jardim Miriam.

Devido a pressa, muitos podem nem ter percebido que ali existe uma conceituada e histórica relojoaria, ao contrário daqueles que param e vêem o trabalho árduo de Avelino, que passa horas e horas no estabelecimento comercial. O trabalho do Sr. Avelino vai desde o conserto a remontagem de relógios, tanto os mais modernos em formato digital, quanto os mais antigos e seus ponteiros, marcadores de horas e segundos.

Segundo o Sr. João Avelino, ao chegar no Jardim Miriam nos anos 70, via a região como uma “nova Santo Amaro” devido ao ponto final de várias linhas de ônibus e ao grande fluxo de pessoas. “Aqui era bom antes de tudo isto que está aqui hoje. Era bom, antes do Poupa Tempo, antes de mudarem os fluxos das vias e o pior de tudo, diminuíram o tamanho da Praça do Jardim Miriam para alargarem a via. Ninguém reclamou, parecem que gostaram das mudanças, mas eu não”, disse.

“Jardim Miriam era um centro. As ruas centrais eram bem estreitas e as calçadas eram bem maiores. As entradas para quem vinha da Avenida Cupecê eram diferentes, pois elas entravam direto pela Avenida Ângelo Cristianini, hoje não, os motoristas acessam pela Avenida Garcia de Ávila, fica tudo parado, gera trânsito e as pessoas querem é fugir daqui ficou horrível”, avaliou Avelino.

Pai presente

Como de costume, o Dia dos Pais é comemorado no segundo domingo de agosto, primeira comemoração do segundo semestre do ano. Cada vez mais, os pais estão presentes na vida dos seus filhos e dividindo um trabalho que, até pouco tempo, era feito só pelas mães, existia essa barreira que homem tinha que ser “durão”. Por outro lado os filhos começaram a conversar mais com o pai, abrir o seu coração como nos fala o Sr. João Avelino “sempre procurei fazer o melhor para meus dois filhos, conversava muito com eles e saíamos, fui um pai bem presente na vida deles”, afirmou.

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