Festival Paralímpico promove atividades adaptadas para iniciar crianças no esporte

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A terceira edição do Festival Paralímpico Loterias Caixa contará com muitas atividades lúdicas para jovens de 8 a 17 anos, com e sem deficiências, no próximo dia 4 dezembro, das 8h30 às 12h, em 70 cidades de todas as regiões do país. O objetivo do evento, organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), é iniciar os participantes no esporte por meio de práticas que simulam movimentos e objetos de modalidades paralímpicas, como vôlei sentado, goalball, parabadminton e bocha. 

Cada sede oferecerá três opções de esportes adaptados para as crianças presentes. E as ações que serão realizadas durante o Festival passarão por algumas adaptações a fim de promover maior interação entre todas as crianças, bem como evitar quaisquer lesões, como explicaram alguns dos educadores que estarão no evento. 

Professor de Educação Física e coordenador de Esporte Paralímpico de Vera Cruz (BA), uma das sedes do projeto, Virgílio Leiro explicou que no munícipio baiano, por exemplo, as atividades de goalball serão desenvolvidas com uma bola de basquete embrulhada com plástico. “Como não teremos a bola própria de goalball, com o guizo dentro, fizemos essa adaptação para que as crianças com deficiência visual possam se guiar pelo barulho do plástico”, disse. 

Além do goalball, Vera Cruz também vai disponibilizar práticas relacionadas ao vôlei sentado e à bocha. “No vôlei sentado, vamos começar com bexigas e depois passar para uma bola de borracha simples. Já na bocha, usaremos bolas de tênis [para os atletas realizarem os arremessos]”, completou. 

Já Danilo Ribeiro de Novaes, professor de vôlei sentado da Escola Paralímpica de Esportes do CPB, indica a utilização de bolas de E.V.A [Espuma Vinílica Acetinada] para a prática da modalidade na iniciação esportiva. “É um esporte de muito impacto entre a bola e os jogadores, ou seja, não é recomendável utilizar bolas oficiais em atividades com crianças, pois elas podem se machucar”, ponderou. 

Já o professor de parabadminton pelo mesmo projeto do CPB, Andrew Cassiano, que vai atuar no Festival em São Paulo, afirmou que a mescla de materiais oficiais com alternativos pode ser também uma boa opção de aprendizagem esportiva. 

“Nosso grande destaque é a criação de dois tipos de petecas: as gigantes e as suspensas em linhas de nylon, ambas com guizo. Desta maneira, incluímos, de forma significativa, as crianças com deficiência visual nos jogos e nas brincadeiras da modalidade. Lembrando que, além de conhecer o esporte, os jovens também precisam se divertir nas atividades”, avaliou Andrew. 

O Festival Paralímpico é uma iniciativa do CPB para celebrar o Dia Nacional do Atleta Paralímpico, 22 de setembro, mas por conta da pandemia de Covid-19, o evento foi adiado e acompanhará o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (3 de dezembro). Na edição deste ano, o evento obedecerá a todos os protocolos sanitários e deverá reunir 7 mil crianças nas 70 sedes. 

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