A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), entregou nesta segunda-feira (14), as 16 novas ambulâncias que atuarão no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). A renovação da frota do SAMU, com doação do Ministério da Saúde (MS), começou em 2017 e, até dezembro de 2020, a gestão municipal já entregou 92 novas ambulâncias.
“São ambulâncias novas, bem equipadas e que vão ser distribuídas pela periferia, garantindo mais conforto e agilidade aos pacientes e para as equipes que atuam nos veículos”, disse a enfermeira coordenadora do SAMU, Maísa Ferreira dos Santos.
Na primeira etapa, em 2017, foram 14 novas ambulâncias entregues. Em 2018, mais 18 ambulâncias; em 2019, outras 32. Em 2020, foram entregues outras 28 ambulâncias da marca Mercedes Benz, modelo 415 Sprinter, ano/modelo 2019 com motor à diesel 146 CV. As novas viaturas entregues nessa segunda-feira serão distribuídas entre as seis regiões da cidade, sendo: três para Leste, três para a Sudeste, três para a Sul, três para a Oeste, três para a região Norte e uma para o Centro. Em 2021, a cidade receberá mais 30 novas ambulâncias.
Para a compra das 16 novas ambulâncias foi feito um aporte de mais de R$ R$ 2 milhões pelo MS – para cada viatura foram investidos R$ 172.700,00. Cada ambulância está equipada para o atendimento de Suporte Básico de Vida, sendo tripulada por dois componentes, dos quais um é condutor e o outro técnico/auxiliar de enfermagem.
Atualmente, o órgão conta com 122 ambulâncias habilitadas. Destas, 107 são de Suporte Básico de Vida, em que são realizados atendimentos menos complexos que o Suporte Avançado, considerado uma UTI móvel. O Suporte Básico de Vida constitui uma sequência de etapas do socorro à vítima em situação iminente de risco à vida, sendo que geralmente seu atendimento é realizado fora do ambiente hospitalar, sem a realização de manobras invasivas. O objetivo principal é não agravar lesões já existentes ou gerar novas lesões. Outras 15 viaturas são de Suporte Avançado de Vida. Hoje, 75,4% da frota está renovada. A meta da administração é renovar o total de 122 ambulâncias.
O SAMU ainda conta com 36 Motolâncias URAMs. Esses recursos estão distribuídos nas 83 Bases descentralizadas nas 6 Coordenadorias Regionais de Saúde do município de São Paulo. O Serviço conta também com uma Central de Operação 192, além da sede administrativa.
A Secretaria Municipal da Saúde é responsável por toda a administração do SAMU, que, em 2020, demandou recurso orçado de R$91,3 milhões, incluindo repasse federal.
Em 2020, o SAMU recebeu 1.085.126 mil ligações, uma média de 3.200 ligações por dia, com 177 mil atendimentos concluídos. As ocorrências mais atendidas pelo órgão são: pessoa enferma com diagnóstico específico, inconsciente/desmaio, problemas respiratórios, convulsões e quedas. Até novembro de 2020, a ocorrência mais atendida pelo SAMU neste ano foi a de problemas respiratórios.
Durante a pandemia do novo coronavírus, o SAMU teve um importante papel no atendimento dos casos suspeitos e confirmados. De março até o dia 11 de dezembro, o SAMU realizou 12.152 atendimentos em toda a cidade de São Paulo. Foi implementado um protocolo para Pandemia/Epidemia, e criado um fluxo para controle de entrada dos chamados da doença.
O SAMU manteve os atendimentos, intensificando as medidas de paramentação e desparamentação, desinfecção das ambulâncias, e cuidados no manejo dos pacientes. Foram criados protocolos específicos, treinados e orientados os profissionais, a fim de prevenir contágio. Além disso, as ambulâncias contam com kits específicos desenvolvidos para uso em transferências e óbitos dos pacientes. Uma ambulância e uma maca foram adaptadas para transferência dos pacientes com Covid-19. Durante a pandemia, o SAMU contratou 4 equipes para emitir declarações de óbito em domicílio. De abril a julho, foram realizados 1.966 atendimentos, sendo emitidas 1.219 declarações de óbito.
O SAMU também melhorou o tempo médio de resposta para os atendimentos. Nas prioridades menos graves, em comparação com 2018, houve uma redução média de 35% no tempo de atendimento. No caso da prioridade Alfa, reduziu-se em aproximadamente 1 hora o tempo de atendimento. Nas prioridades mais graves, Delta e Echo, reduziu-se o tempo resposta em 20 e 26% respectivamente.
Em outubro de 2020, a Central de Regulação do SAMU, que recebe todos os telefonemas do 192, mudou de endereço para um prédio próximo à Central antiga e passou por uma ampla reforma, mantendo hoje espaços mais amplos e modernos, resultando em melhores condições de trabalho aos funcionários. Foram investidos R$ 1,8 milhão (parcelado em 60 vezes), sendo o custeio mensal do imóvel de R$ 78,1 mil (R$ 48 mil de aluguel e R$ 30,1 mil da parcela do investimento).
O SAMU de São Paulo possui atualmente 1.369 funcionários. Destes, 349 foram contratados neste ano 2020 – entre eles, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e condutores. Os médicos e enfermeiros estão divididos entre intervencionistas, que trabalham diretamente nas ambulâncias, e médicos reguladores, responsáveis por classificarem as ocorrências de acordo com a prioridade clínica do caso.
A Central também realiza outros tipos de atendimento, entre eles: transferências específicas para obesos mórbidos (serviço iniciado em junho de 2020 e que, até novembro, contou com 29 atendimentos); transferências específicas para Covid-19 (serviço iniciado em abril de 2020 e que, até novembro, contou com 225 atendimentos); transferências específicas de UTI Neonatal (nove atendimentos até novembro de 2020) e apoio à comitivas presidenciais e a ações judiciais (14 atendimentos realizados no período de junho a novembro deste ano).
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