Vacina contra o HPV: médico do CEUB defende prioridade para vítimas de violência sexual

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Diante de uma série de evidências do perigo de vulnerabilidade, o Ministério da Saúde ampliou a vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) para as vítimas de violência sexual. A medida visa assegurar a proteção de indivíduos com idades entre 9 e 45 anos que ainda não receberam a vacina ou não concluíram o esquema de imunização contra esse vírus. Nícolas Cayres, ginecologista e professor de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB), esclarece os mitos e verdades sobre a vacina e defende a medida de ampliação dos grupos prioritários.

Responsável pela formação de verrugas na pele, as lesões genitais podem ser de alto risco, pois são precursoras de tumores malignos, especialmente do câncer de colo do útero e do pênis. De acordo com o ginecologista, a ausência de prevenção contra o HPV pode acarretar complicações graves, sendo o câncer de colo do útero a principal delas. “O Papilomavírus é o primeiro entre as causas ginecológicas de câncer”, alerta o especialista.

Quanto à violência sexual, o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde publicado em maio deste ano revelou 202.948 casos notificados envolvendo crianças e adolescentes. Desse total, somente em 2021, foram registradas 35.196 notificações, marcando o maior número observado durante esse intervalo de tempo. No estado de São Paulo, 30% das vítimas de violência sexual atendidas pelos serviços de saúde contraíram HPV.

Foto: Divulgação

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