Sobre Viver com Orgulho: SAS Cidade Ademar discute e fortalece a luta LGBTQIAPN+

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A busca por igualdade, respeito e direitos é uma pauta que movimenta a sociedade e no centro dessa luta está a população LGBTQIAPN+. Discutir os desafios e os avanços dessa comunidade são essenciais não apenas para o combate à discriminação e a violência, mas também para promover a aceitação e a visibilidade das diferentes identidades dentro da sociedade.

Sabendo a importância da pauta, a Supervisão de Assistência Social (SAS) – Cidade Ademar, juntamente com os serviços da região, promoveu um simpósio para debater o tema. O evento chamado “Viver é um ato político/LGBTQIAPN+: Sobre Viver com Orgulho” aconteceu no dia 28 de novembro, no teatro Nelson Rodrigues, no Centro Educacional Unificado (CEU) – Alvarenga. 

Supervisora da SAS, Rosa Maria Paula Fernandes, apresentou dados sobre a violência contra a população LGBT na região de Cidade Ademar e Pedreira, trazendo reflexões importantes para os trabalhadores da rede de apoio. “O nosso objetivo principal foi apresentar informação, com o propósito da redução da violência e da LGBTfobia na região, e a garantia de direitos dos usuários e familiares dentro dos nossos serviços. Entendo que ainda temos um longo caminho a percorrer, mas hoje demos um grande passo. Os nossos trabalhadores têm que ter um olhar especial para essa população”, disse Rosa. 
 
O artista, arte-educador e pioneiro do rap LGBT no Brasil, Xerxes Castelo Branco é ex-funcionário da rede socioassistencial da região e participou do encontro através de um vídeo-poesia, em que falou sobre as lutas e dores que uma pessoa LGBT+ enfrenta ao longo da vida. 
 
Dentre os temas abordados no seminário estiveram a heteronormatividade, tendência social de considerar somente relacionamentos heterossexuais como comuns, e tratá-los como norma, crianças e a transexualidade, e as diferenças entre gênero e sexo e o que representa cada uma das letras na sigla LGBTQIAPN+, apresentado ao público por Núbia Lyra, técnica social, pedagoga e pesquisadora de gênero e sexualidade. Ela trouxe questionamentos pertinentes sobre o tema e demonstrou o orgulho de construir esse trabalho dentro da rede socioassistencial. “Eu acho essencial que tenhamos trabalhos formativos dentro da rede. A cada nova geração de crianças e adolescentes novas demandas e desafios aparecem e temos que nos adaptar a isso. Foi muito enriquecedor para mim, poder auxiliar meus colegas de trabalho a atender crianças e adolescentes de maneira adequada”.

Ettore Thiago, gerente do Núcleo de Apoio Psicossocial do bairro, foi o mestre de cerimônia do encontro e destacou o engajamento dos trabalhadores da rede da região com a atividade e o tema. “Esse é o primeiro evento que fizemos com essa temática, por pedido dos próprios trabalhadores da rede, que gostariam de saber mais e serviu para dar um pontapé na vida desses profissionais que aqui estiveram. Foi uma emoção ímpar apresentar o simpósio, um misto de ansiedade com satisfação, inexplicável. Que os assuntos abordados aqui hoje reflitam em nossos serviços, e que possamos inspirar todas as outras regiões”. 

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