Pioneiro do metrô e referencia de São Paulo, Jabaquara completa 58 anos 

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Pioneiro do metrô paulistano, dono do principal terminal que liga a Capital ao Litoral, repleto de áreas verdes, não são poucos os motivos que fazem com que cerca de mais de 250.000 paulistas escolham o Jabaquara como o lugar ideal para morar. Um dos bairros mais importantes da cidade, o Jabaquara completa 58 anos de emancipação pela Lei Estadual 8092, de 28 de fevereiro 1964, um marco histórico para aquele que sempre foi um ponto de referência de quem procura fácil acesso e qualidade de vida em São Paulo.

O nome Jabaquara remete ao idioma Tupi-Guarani “Yab-a-quar-a”, que significa rocha e buraco. Nos tempos mais primórdios, a região era tomada por mata deserta e servia como rota de fuga para os escravos que tentavam atravessar o oceano, voltando para a África. O bairro tem uma localização privilegiada dentro de São Paulo, pois tem fácil acesso a vias importantes, como a Anchieta e a Imigrantes.

Sua locomoção também merece destaque, já que possui em seu território duas estações de metrô (Conceição e Jabaquara), sendo que a responsável por levar o nome do bairro foi a primeira a ser construída em 1974.

Cultura

1972 – chegada dos carros do trem do Metrô Jabaquara

A Cultura é predominante no Jabaquara. O bairro possui diversos museus, bibliotecas e espaços para que as pessoas possam aprender um pouco mais sobre esse aspecto tão importante para a sociedade. Nesse sentido, a Casa de Cultura Negras Mãe Sylvia de Oxalá que tem no seu principal foco oferecer atividades culturais, artísticas e recreativas a população local, é um dos principais pontos turísticos culturais do bairro. O nome é em homenagem a uma mulher negra conhecida por sua luta interminável contra o preconceito e a intolerância.

A casa fica localizada no antigo Sítio da Ressaca, que teve sua origem há mais de 400 anos e tinha como referência a passagem de negros escravizados que para fugirem de seus donos, ficavam no local para dali seguirem ao litoral, tendo como destino a fuga para a África.

Destaca-se também na região do Jabaquara, o Museu da Lâmpada, que tem como tema a criação e a modernização das lâmpadas, além da Biblioteca Paulo Duarte, referência na cultura afro-brasileira.

Futebol

Times de Várzea do Jabaquara

O esporte mais tradicional e praticado amplamente em todo o Brasil também teve papel de grande destaque no Jabaquara. Grandes nomes do cenário esportivo nacional, tiveram passagens pela região, como os ex-atletas César Sampaio (ex-Palmeiras, Santos e que disputou a Copa do Mundo de 1998 pela Seleção Brasileira), Schumacher (atleta consagrado no futsal), entre outros.

Além disso, os clubes de futebol do Jabaquara possuem uma história bastante rica e repleta de glórias. O Jabaquara Futebol Clube, fundado em 15 de novembro de 1955, até os tempos atuais mantém suas atividades, e é dono de uma torcida fanática, capaz de apoiar a todos os momentos a equipe que veste o tradicional uniforme listrado em azul e branco.

Ainda sobre o futebol de várzea, destacam-se o E. C. Moleque Travesso. Criado em 1963, o clube se tornou uma referência na várzea paulistana, conquistando títulos e vitórias deslumbrantes. Sua sede fica na Av. do Café, na Vila Guarani, e um de seus maiores feitos foi o tricampeonato da competição (1980-82). Outros títulos importantes foram o da Copa Siemaco (1990), e a Copa Portuguesa da Vila Mariana (1997), de maneira invicta. Da sua base, além de César Sampaio e Schumacher, já citados anteriormente, o clube revelou o meia Marcos Basílio, que jogou no Santos e na Portuguesa Santista.  

Quando se fala nesse tipo de esporte, não pode-se esquecer do Estrela da Catarina. A tradicional equipe da zona sul também foi o celeiro de craques da várzea, e já contou em seu elenco com nomes consagrados no futebol profissional como Serginho Chulapa (ex-Santos, São Paulo e Seleção Brasileira), Muricy Ramalho (ex-São Paulo), Solito (ex-Corinthians), entre outros.

Por fim, e não menos importante, precisamos destacar a história do Acadêmicos da Vila Facchini, formado nas margens do Rio Ipiranga e que além da força futebolística, destaca-se por realizar campanhas contra as drogas e foi o criador da Copa do Ônibus, competição histórica da várzea que dava ao time vencedor um ônibus.

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