Obras paralisadas causam transtornos a moradores

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O Conselho Participativo Municipal do Jabaquara durante a reunião virtual de maio teve como pauta principal enviar oficio a SPobras, solicitando informações sobre as obras paralisadas no bairro, assim como as Unidades Habitacionais.

Os questionamentos do CPM são demandas de anos, perguntas que moradores, comerciantes e comunidades buscam quase que diariamente junto a assessores e subprefeitura e que sempre ficam sem respostas – por se tratar de uma pasta da SPobras, de um grande projeto que infelizmente não sai do papel a não ser mudanças de projetos a cada gestão pública.

Dentre as informações estão as paralizações das HIS (Habitação de Interesse Social) – Unidades Habitacionais. “No momento está em andamento apenas a construção da HIS 14 (308 unidades) – Rua Navarra, Vila Santa Catarina. As demais frentes de obra não estão em andamento seguindo planejamento definido pelo Grupo Gestor da OUCAE em 2017, que previu as intervenções a serem entregues com os recursos disponíveis para tal Operação Urbana, advindos da comercialização de CEPAC´s (Certificados de Potencial Adicional de Construção)”. Resposta da secretaria.

Neste contexto, estavam previstas, ainda, as conclusões das HIS 27 – Rua Cinco de Outubro e 41- Rua Hildebrando Siqueira, ambas em Americanópolis, mas o contrato está em processo rescisório pelos gestores do contrato. As mesmas deverão ser concluídas após licitação das obras complementares.

Moradora espera ser contemplada

A munícipe Antônia Eliete Lima da Silva, da comunidade Vietnã esta preocupada com o andamento do seu processo de moradia. Ela comenta que fez o cadastro em 2003 quando perdeu seu barraco e também os seus familiares. “Quem fez meu cadastro foi o Davi Saad (in-memorian) que na época era da Defensa Civil da Subprefeitura do Jabaquara, na ocasião foram feitos os cadastros de toda minha família, e de mais 60 famílias prejudicadas, porém desde que sai da minha casa estou pagando aluguel, mesmo morando dentro da comunidade Vietnã e sem ajuda do poder publico, tenho todos os recibos que comprovam meus pagamentos”. Diz Eliete.

O questionamento da moradora é a demora do retorno do seu cadastro. Quando foi buscar informações em 2009 soube que seu ex marido havia feito um cadastro em nome dele. Com isso ela teve a informação que sua moradia havia saído, mas não seria contemplada. Durante todo esse período e até agora ela está sem o retorno da SEHAB (Secretaria Municipal de Habitação). “Já se passaram muitos conselheiros deste projeto de moradias, durante esse tempo assim como, assistentes sociais e subprefeitos e ninguém até hoje consegue me dar retorno do cadastro feito em meu nome e dos meus três filhos, e enquanto isso, fico sem saber se vou ter ou não minha moradia” completa Eliete.

E assim como ela quase 10 mil famílias esperam uma solução ou um retorno. Além de moradores, comerciantes chegaram a receber cartas de desapropriação e ainda aquele que tem dúvida se será desapropriado ou não e aquele que deseja fazer melhoria em seu imóvel e não pode porque há anos espera essa obra sair do papel, definindo assim o seu próprio bem que é a sua moradia.

Foto: Divulgação

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