Em artigos anteriores falei de redução de inventários, falei de redução de gastos e custos, de ativos fixos e até de fusões e aquisições. Aqui já entramos por um caminho de planejamento estratégico, um processo muito falado e pouco praticado, e que, se não for estratégico é apenas um devaneio. Planejamento estratégico visa médio ou longo prazo, e hoje o que buscamos é manter empresas vivas. Acho que a maioria já concorda que a primeira coisa que mantem empresas vivas é o lucro e a segunda, talvez mais importante que a primeira é um tal de Fluxo de Caixa, no nosso mundo americanizado, Cash Flow.
Em épocas de vacas magras não é muito surpreendente “O” dono ou “O” vendedor fazer das tripas coração para não perder aquele pedido. Mas, é importante levar em conta qual o impacto daquele parcelamento no seu cash flow. Similarmente, comprar mais estoque ou mais matéria-prima porque aquele fornecedor está apertado, precisando faturar, pode ser boa ideia, mas pode também comprometer a sua capacidade financeira, que é uma coisa que você, como empresário não quer nem ouvir falar. Certas estão algumas cadeias que compram a prazo e vendem à vista, e com isto não comprometem a sua capacidade. Para chegar nisto precisa ter alguma bala na agulha. Antes de chegar a este nível você pode ter uma previsão de vendas realista, que te permita comprar só o que vai precisar, produzir o que vai vender e prever o quanto você pode alongar os seus prazos.
Cuide bem, também, de sua política de “crédito”. Não se trata de chutar cachorro morto, nem estamos falando de não estender a mão a um cliente em dificuldade, mas sim de não colocar a sua empresa em risco.
Vamos lembrar que até 1994 as empresas varriam todas as ineficiências para baixo de um tapete chamado aplicação financeira, que já não existe como era, e hoje têm que dar resultados reais. Não lhes desejo boa sorte, mas sucesso, pois o seu sucesso não vai depender de sorte, mas de sangue, suor e, quem sabe, algumas lágrimas!
Daniel Miedzinski
Columbus Consultores
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