Campanha nacional pretende minimizar a pobreza menstrual no país

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No dia 28 de maio, foi comemorado o Dia Internacional da Dignidade Menstrual, a UNICEF e a UNFPA lançaram um relatório sobre a pobreza menstrual no país. De acordo com ele, 713 mil meninas vivem sem banheiro ou chuveiro em seu domicílio e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas – o que inclui absorventes e instalações básicas, como banheiros e sabonetes. 

A pobreza menstrual é caracterizada pela falta de acesso a recursos, infraestrutura e até conhecimento por parte de meninas e mulheres para cuidados envolvendo a própria menstruação. Sensibilizado pela situação, o Instituto ELA criou o projeto “Adote um Ciclo”, com o objetivo de arrecadar absorventes higiênicos para mulheres e meninas que vivem em regiões periféricas e alunas que estudam em escolas localizadas em comunidades vulneráveis, considerando que muitas dessas estudantes faltam até uma semana inteira de suas atividades escolares por não terem acesso aos utensílios básicos.

A coleta dos absorventes ocorrerá até o dia 16 de julho de 2021 e a distribuição acontecerá na semana de 19 a 23 de julho, onde as beneficiárias serão:

Instituições de Ensino em regiões vulneráveis  – a entrega será feita aos diretores das escolas municipais e estaduais que ficam dentro de comunidades e regiões periféricas.

Meninas/Mulheres que vivem em regiões periféricas – a entrega será realizada nas associações de bairros e em postos de atendimento médico, localizados nas periferias.

Além da arrecadação de absorventes, a campanha tem como foco a conscientização, proteção e  educação para a saúde das mulheres, e ainda conta com uma série de vídeos educativos sobre temáticas sensíveis e extremamente relevantes, tais como: menstruação, gravidez e doenças sexualmente transmissíveis. Este material será  produzido por especialistas de saúde do Instituto ELA para ajudar essas meninas a entenderem melhor as questões que permeiam a situação da pobreza menstrual e sua seriedade. Os vídeos ficarão disponíveis no Canal do YouTube do Instituto ELA na playlist CONVERSANDO com ELA. Mais informações no site:  https://www.institutoela.org.br/

Ações no Jabaquara

“Com esse problema que afeta as meninas, mulheres que vivem em vulnerabilidade social e que precisam de apoio de todas nos, sangramos todos os meses precisamos estar bem, está e uma campanha de sensibilização e da importância deste tema que afeta a saúde mental das mulheres que se sentem constrangidas com a presença do sangramento menstrual”, declarou  Maria Lúcia presidente da Associação Comunidade Ativa de Vila Clara.

Em parceria com Mulheres em Ação, Bem Querer Mulher, Cruz Vermelha e CIC Centro de Integração da Cidadania Jabaquara, no último dia 10 realizaram Rodas de conversas com ás mulheres e meninas com o tema “menstruação e saúde emocional” com entrega de caixas com absorventes e kits de higiene pessoal com orientações de higiene íntima. Além de orientações sobre inscrições de cursos para jovens aprendiz e atendimento. O evento aconteceu na Rua Felito Eliseo 113 – quadra de esporte do Jardim Lurdes.

EMTU sede espaço para mais um dia da Campanha

Na terça-feira (15), a ação ligada ao Dia Internacional da Dignidade Menstrual, aconteceu no Terminal Metropolitano Jabaquara.  O intuito foi alertar sobre a falta do acesso básico à higiene feminina para uma parte da população brasileira e dar dicas de como criar alternativas de absorventes com recursos caseiros.

O evento aconteceu na plataforma A do terminal. Voluntárias do BQM realizaram rodas de conversa com psicólogas e distribuíram folhetos explicativos para chamar a atenção das passageiras sobre a falta de recursos para uma higiene de qualidade em períodos de menstruação. A Cruz Vermelha disponibilizou kits com absorventes, máscaras e sabonete líquido sem enxágue.

Já o CIC, que também participou da ação, foi responsável por encaminhar as passageiras ao apoio jurídico para formalizar denúncias em casos de violência contra a mulher. Vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania, o Centro realiza um trabalho de busca de antecedentes criminais e intermedia o contato entre a mulher agredida e a Defensoria Pública Estadual.

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