Uso de tecnologia transforma a maneira de fazer zeladoria na cidade de São Paulo

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Desde 2017, os serviços integrados pela Smart City tiveram o tempo de espera reduzido, a fiscalização mais rigorosa e a qualidade aumentada.

A Cidade de São Paulo mudou a maneira de fazer zeladoria. O conceito de Smart City, adotado pela Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB), colocou o papel de lado e trouxe a tecnologia como fator principal para promover agilidade, eficiência e a relação custo x benefício cada vez mais assertiva. Entre as 10 cidades brasileiras que atendem o conceito e os critérios de Smart Cities, São Paulo está no topo da lista.

Uma cidade inteligente é aquela que usa diferentes tipos de tecnologia para coletar dados e usá-los para gerenciar recursos e ativos, oferecendo melhores serviços à população. Em 2017, o estoque de solicitações de zeladoria era de 250 mil. Atualmente, são cerca de 34 mil, o que representa uma diminuição de 86,40%.

A redução no Tempo Médio de Atendimento (TMA) impactou diretamente na quantidade de demandas reportadas através do serviço SP156. Operações como o Tapa-buraco, primordial para a mobilidade urbana, em 2017 eram atendidos, em média, em 121 dias. A meta estabelecida é de 10 dias, sendo que desde outubro do ano passado a SMSUB faz em 7 dias. O tempo de atendimento é o mesmo para as 32 Subprefeituras da capital. Em vias como as Marginais Tietê e Pinheiros são 24 horas entre a notificação do fato e a entrega do serviço pronto.

Em 2022, foram realizados 131 mil reparos no asfalto, que equivalem a uma área de 2,6 milhões m². Esses reparos contemplam 148 mil buracos, além de consertos asfálticos em guias e sarjetas (concordância). Somente no último mês de dezembro, foram tapados 15.542 buracos na cidade. A SMSUB dispõe do mapeamento completo da cidade através do Sistema de Gestão do Pavimento (GAIA), no qual são compiladas informações da infraestrutura Urbana e uso do solo.

Limpeza

O premiado Sistema de Gerenciamento de Zeladoria (SGZ) é uma das principais ferramentas de integração e automação criadas para organizar o fluxo de trabalho em São Paulo. O SGZ colocou a demanda do cidadão como a ordem prioritária, transmitindo confiança aos munícipes, que aderem cada vez mais ao sistema. Em 2017, as solicitações de zeladoria em sistema eram 18.303. Em 2022, foram registradas 405.468 solicitações de serviço.

Assim, com a smart city integrada, é possível observar uma correlação entre as solicitações, a quantidade de serviço realizado e o tempo de atendimento. O prazo de atendimento de varrição caiu 99% em dezembro de 2022, quando comparado a 2017, que era cerca de 400 dias. Houve redução também no prazo para capinação em guias e sarjetas, que caiu 33% em 2022, atingindo cerca de 6 dias. Antes, o prazo era de 9 dias. No último ano, as equipes de limpeza realizaram o corte de grama/mato em 134.255.348,56 m². A instalação, manutenção ou limpeza de lixeiras públicas agora ocorre em até 2 dias. No fim de 2017, o prazo era de, em média, 39 dias.

Programas como Ecoponto e Cata-bagulho foram ampliados com auxílio do SGZ. Ter um sistema integrado, uma Smart city, permite ver a demanda com mais clareza e ter a percepção de quando há necessidade de aumentar as equipes ou serviços. O prazo de para remoção de entulhos e objetos deixados em vias públicas caiu 97,67% em 2022, atingindo cerca de 1 dia. No fim de 2017, o prazo era de, em média, 43 dias. Antes, para usar o Cata-bagulho, era necessário contatar a subprefeitura, verificar a disponibilidade e informar a sua necessidade. Hoje, a Operação passa uma vez por mês em todas as ruas da cidade e o munícipe pode consultar a data através do site ou no SP156. Em 2022, 96.506,1 toneladas foram recolhidas pela Operação.

Nos Ecopontos, 315.731,39 toneladas de entulhos e diversos tiveram a destinação correta em 2022. Em 2017, a cidade contava com 100 postos para fazer o descarte de entulho e outros objetos. Atualmente, são 122, com previsão de mais 40 unidades em 2 anos. Em 2017, São Paulo tinha 4 mil pontos de descarte irregular de lixo, hoje, são 1.200. Uma redução de 70%.

Assim como os Ecopontos e o Cata-bagulho, todas as ações de zeladoria foram ajustadas, trazendo redução de prazos e benefícios. O atendimento de limpeza de bueiros, boca de lobo e poços de visita reduziu em 97,3% em 2022, atingindo cerca de 4 dias. No fim de 2017, o prazo era, em média, 186 dias. Ainda em 2022, foram reformados 33.523 poços de visita e bocas de lobo, inclusive com troca de tampas, e mais de 21.195,65 metros de galerias. Além disso, foram limpos 146.817 poços de visitas e bocas de lobo. Também foram retiradas cerca de 165.599,91 toneladas de detritos nos córregos, em 1.684.996,81 metros de extensão. Na área de margem, foram limpos 8.555.915,50 m².

O Sistema Urano, outra ferramenta importantíssima na gestão da capital, faz ininterruptamente o monitoramento de chuvas e piscinões na cidade: emitindo alerta antecedência para o acionamento de equipes para o locais de risco. Em 2022, foram retiradas 190.269 toneladas de detritos dos piscinões. Em galerias e ramais foram retirados 2.423,08 m³ de detritos, em 357.213,20 metros de galerias e 602.615,05 metros em ramais.

A poda e o replantio de exemplares arbóreos são vitais para o presente e o futuro. Ter um sistema que permite enviar a demanda, acompanhar o processo, e verificar a ordem de serviço concluída, é primordial no caso das árvores. Visto que, uma poda irregular e/ou mal executada, oferece risco para a população no seu entorno. O gerenciamento das informações feito pelo SGZ, nesse caso, permite que as equipes consigam antecipar e prevenir problemas futuros.

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