Com a iminente construção do terminal Jardim Miriam anunciada pelo prefeito Ricardo Nunes, moradores e lideranças locais das ruas Gomes de Amorim, Luís Stolb e Francisco Alves de Azevedo reuniram-se com a equipe técnica da SPTrans e com o subprefeito da Cidade Ademar Rogério Balzano para juntos tentarem encontrar uma solução que pudesse amenizar os impactos que a desapropriação causará com a construção do terminal na área escolhida pela prefeitura.
O prefeito Ricardo Nunes assinou o decreto 61.529, o qual tornou as ruas acima mencionadas de utilidade pública e cerca de 126 imóveis serão desapropriados para a possível construção do terminal. Segundo a SPTrans, mais de 200 mil pessoas serão beneficiadas diariamente com a implantação do empreendimento na região.
De acordo com os moradores da região cerca de 790 pessoas entre moradores e funcionários de comércio local serão afetadas com a construção do terminal e sugeriram outros locais para a possível implantação, onde menos pessoas seriam afetadas como: na área a qual atualmente está instalado o prédio do Poupatempo Cidade Ademar, onde possui um terreno amplo e plano e transferia o Poupatempo para outra área pública na região; uma outra possibilidade levada pelos moradores seria no local onde atualmente funciona um atacadista, que possui dimensões semelhantes propostos pela SPTrans e que não realizaria tantas desapropriações.
“Ninguém da rua discorda da construção do terminal, mas com a quantidade de pessoas que serão impactadas com a execução da obra. Sempre focamos nisso, o mínimo possível de pessoas desapropriadas” disse um dos moradores presentes.
A técnica de Planejamento Ambiental da SPTrans Janaína Decarli, disse que ao fazer um licenciamento primeiramente precisa “passar pelo ministério público, depois por audiências públicas, ou seja, todos os trâmites legais. Hoje viemos aqui para esclarecer o que será feito. Quero que vocês entendam que somos parceiros, por isso estamos aqui”, afirmou Janaína.
Outro morador agradeceu pela construção do terminal na região do Jardim Miriam e que será benéfico principalmente para as mulheres, grupo vulnerável a assaltos, mas enfatizou na possibilidade de mudar de local para a instalação do terminal. Moradores das ruas Gomes de Amorim, Luís Stolb e Francisco Alves de Azevedo, entregaram documentos a equipe técnica da SPTrans, onde possui explícito diversos locais a qual poderia ser construído o terminal, a SPTrans por sua vez, dentre todas as sugestões levadas pelos munícipes, destacou dois locais a qual ficou de vistoriar tecnicamente e trará uma resposta pública em 26/10.
A gerente do Sacolão da Economia, Luana Loyola, avaliou que “como comerciante penso no impacto comercial que isto pode gerar, como cidadã, tirar as pessoas de suas residências que construíram por anos é difícil de opinar. A Prefeitura deve consultar as pessoas e tomar uma decisão que não prejudique ninguém”, disse a gerente.
Os processos já iniciados continuam valendo e os envelopes com as propostas técnicas e comercial deverão ser entregues até o dia 09 de novembro e ainda no mesmo dia será feita a abertura dos mesmos.