Em frente ao Parque Nabuco, uma das poucas áreas verdes da zona sul paulistana, o canteiro central da Avenida Cupecê é, há algum tempo, um espaço que vem sendo desperdiçado. Em meio ao fluxo intenso de veículos e a área verde do parque, o canteiro central, hoje, é um retrato do abandono: buracos, árvores arrancadas, lixo e sem qualquer estrutura ou sinalização adequada. Por sua localização estratégica, o lugar representa uma oportunidade real de requalificação ambiental e social.
A subprefeitura do Jabaquara abriu um processo administrativo para apurar denúncia do CADES- Jabaquara (Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz) sobre a destruição da área, que pertence ao Sistema Municipal de Áreas Verdes e é, inclusive, um fragmento do próprio Parque Nabuco.
A importância ecológica das árvores e a urgência da recuperação
Revitalizar o canteiro central da Avenida Cupecê não é apenas uma questão de estética urbana – as árvores daquela faixa arborizada têm papel fundamental: reduzem o impacto das águas da chuva, combatem a erosão, absorvem carbono, removem poluentes do ar e regulam a temperatura.
Iluminação pública eficiente
Instalar luminárias no canteiro central ajuda a ampliar a sensação de segurança, inibe a ação de criminosos e permite o uso do espaço também no período noturno. A luz adequada incentiva a circulação de pessoas, fomenta o convívio e ainda valoriza visualmente o paisagismo, destacando a presença das árvores, canteiros e trilhas.
Passarela e faixa segura para pedestres
A Avenida Cupecê é uma via extensa, larga e de tráfego intenso. Sem uma travessia segura, o canteiro central acaba se tornando uma barreira física, não um elo urbano. A construção de uma passarela acessível — com rampas, sinalização e iluminação — é essencial para conectar os dois lados da avenida e aproximar as pessoas do Parque Nabuco, dos comércios locais e da área verde revitalizada. Essa estrutura também facilita o uso por pessoas idosas, com deficiência ou mobilidade reduzida.
Como revitalizar e transformar a realidade local
Com coordenação entre poder público, sociedade civil e órgãos ambientais, é viável reconverter essa área em um espaço verde de referência para a região. Algumas etapas e sugestões: Remoção imediata de entulhos e materiais irregulares, com responsabilização das empresas envolvidas; recuperação do solo e replantio de espécies nativas da Mata Atlântica, valorizando a flora local e garantindo sustentabilidade; instalação de mobiliário urbano, como bancos, iluminação eficiente, calçadas acessíveis e sinalização ambiental; parcerias com escolas e coletivos da região para implantação de hortas comunitárias e