Parece que vamos falar e conviver com esta Pandemia por um bom tempo, alguns falam até em um par de anos. Esperemos que não, mas tudo leva a crer que o prognóstico parece razoável.
Também já dissemos que reaprendemos a trabalhar e que ¨Home Office¨ é a grande solução dos nossos problemas. Parcialmente pode ser, mas não é a cura para todos os males, uma vez que podem trabalhar home office, ou em casa, aquelas funções que dependem de uma conexão internet e/ou um telefone e nada mais. Ora, funções diretamente ligadas à produção, funções que tratam de trabalhos ou tarefas manuais não dispõem deste recurso. É o caso de operadores de máquinas nas fábricas, profissionais de manutenção, logística, e por aí vai. Também já não falamos mais só de “funções”, mas de pessoas. E, muitas vezes, são estas pessoas nestas funções que dependem de transporte coletivo, estando mais expostos à contaminação.
Este grupo acaba, involuntariamente, impactando no abastecimento, pois seja por estar de resguardo em casa, seja por estar contaminado, também em casa ou seja por estar internado, influi na produtividade ou na produção das empresas. Não é incomum hoje notarmos a falta de algum produto ou grupo de produtos, sem que isto houvesse acontecido antes. Pois é, faltou gente para produzi-lo, despachá-lo ou ainda, transportá-lo. Não há desabastecimento, mas problemas aqui e lá, e o negócio acaba sofrendo por isto.
Para se evitar ou diminuir o impacto deste tipo de problema, empresas mais já haviam introduzido programas para minimizar estes efeitos indesejáveis na cadeia de abastecimento. Umas deram o nome de Business Continuity, ou Continuidade nos Negócios, outras chamaram de Plano de Contingências e outras ainda chamaram de Análise de Risco do Negócio. Trata-se de uma ferramenta poderosa e extremamente útil em tempos de crise. Consiste basicamente em elencar e classificar todos os riscos que possam impactar negativamente o negócio, e possíveis soluções para os mesmos. Este material devidamente identificado e catalogado fará parte de um documento do tipo do “Manual de Qualidade”, e deve ser periodicamente revisado. A vantagem colateral de se fazer este trabalho é que muitos dos riscos que serão identificados tem uma solução e poderá ser implementada de imediato e definitivamente, já não necessitando constar do documento, e melhorando o dia a dia da empresa.
Iria desejar boa sorte, mas cada vez dependemos menos de sorte e mais de planejamento.
Daniel Miedzinski
Columbus Consultores
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