Ônibus quebrados, superlotação e atrasos constantes fazem parte do cotidiano de quem depende do transporte até o Metrô Conceição.
A rotina dos moradores do Condomínio Jardim Cupecê, é marcada por dificuldades diárias com o transporte público. A principal queixa recai sobre a linha 5759-31, Pq. Primavera/Metrô Conceição, que tem se tornado sinônimo de atraso, precariedade e superlotação.
A linha, operada sob concessão da São Paulo Transportes S/A (SPTrans), é essencial para a mobilidade dos moradores da região e, segundo relatos, acumula problemas crônicos: veículos antigos, mal conservados, com falhas mecânicas recorrentes e longos intervalos entre as partidas.
Reclamações vêm sendo feitas há meses via canal 156 da Prefeitura – como o protocolo nº 33036559, aberto em 10 de julho de 2024, que relatava o agravamento constante da situação e pedia providências urgentes, apontando que a linha “apresenta problemas desde sua criação”. “Nos horários de pico, os ônibus já saem lotados do ponto inicial e sequer param nos demais pontos”, afirma Vitor Ribeiro, morador da região, reclamante e criador do abaixo- assinado que já reúne dezenas de assinaturas.
Na resposta oficial à queixa, a SPTrans reconheceu que, por meio de seu Sistema Integrado de Monitoramento, foi constatado o “descumprimento de partidas na ocasião”. A empresa afirma que “serão adotadas as medidas cabíveis, conforme a legislação vigente” e que todas as linhas “são fiscalizadas ininterruptamente via sistema de GPS”. Mesmo assim, os moradores afirmam que não percebem qualquer melhoria no serviço.
A reportagem também teve acesso a outras respostas da SPTrans, emitidas em 15 e 30 de abril de 2025, por meio dos protocolos SPTRANS/DP/GAB/OUV Nº 123912899 e Nº 124751628. Nelas, a SPTrans repete o padrão: reconhece falhas, promete notificações à operadora e ajustes operacionais, mas os problemas persistem.
Agora, o caso foi encaminhado para a comissão de Mobilidade e Trânsito da Cidade, que deve cobrar providências da SPTrans com devida urgência. A expectativa dos moradores é de que a atuação do legislativo municipal pressione o Executivo a adotar medidas concretas para corrigir as falhas da linha. “Eles dizem que tomam providências, mas a realidade é outra: a frota continua sucateada, os atrasos continuam, e quem sofre é a população trabalhadora que precisa do ônibus para tudo”.
Como forma de pressionar a Prefeitura e a SPTrans, o abaixo- assinado online está aberto à qualquer cidadão que deseje apoiar a causa e pode ser encontrado na plataforma pública Petição Pública Brasil (peticaopublica.com.br), sob o título “A cada dia piora mais”.
