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O Que faz a Guarda Municipal?

O Que faz a Guarda Municipal?

Por: Marcos Bazzana Delgado

Dias atrás, ouvindo numa rádio a entrevista feita a um gestor em segurança urbana, o apresentador do programa, em dado momento, com um certo tom depreciativo, questionou se a Guarda Civil estava desempenhando papel de polícia.
Entre uns e outros argumentos ditos, em resumo, o entrevistado respondeu que “não”. Descreveu uma série de funções que a Guarda Municipal executa, mas fez questão de afirmar que não exerce atividade policial.
Fiquei decepcionado. Não exatamente com o fato de o entrevistado ter negado a atividade policial pela Guarda Municipal, mas sim com a relevância desnecessária que ele deu para aquela pergunta.

Explico!

A função policial é estatal. É uma atuação nobre, benéfica e necessária. A atividade policial é exercida em prol da sociedade, e sempre em defesa do cidadão honesto. É um trabalho que protege direitos, salva vidas, combate ao crime e promove a paz.
A sociedade quer a polícia por perto, e quanto mais polícia, melhor para o cidadão!
A Guarda Civil atua dentro da legalidade. Essa resposta, embora singela, teria a perfeita informação a ser dada ao entrevistador. Não há uma atuação sequer que não esteja pautada em lei.
Até porque, atuar dentro da legalidade é agir exatamente de acordo com a vontade do povo, e em favor do povo.
A polícia foi criada pelo povo para servir ao povo.
A sociedade clama por mais segurança. Não é por menos que neste momento, num pleito voltado para a escolha do próximo prefeito, essa pauta tem sido o carro chefe de muitas campanhas eleitorais.
Portanto, vejo que o entrevistador fez uma pergunta desnecessária e até arrisco dizer que foi um pouco maldosa.
Num cenário de insegurança em que vivemos, a quem interessa afastar a Guarda Municipal de promover atividades policiais? A quem interessa proibir a Guarda Civil de tirar de circulação um criminoso que oferece risco aos nossos entes queridos?

Os órgãos policiais são amigos da população. Há quem tente rotular as polícias como instituições antagônicas à sociedade, sugerindo que existem como se fossem um “mal necessário”.
Talvez, por culpa de uns poucos maus profissionais, a credibilidade das polícias, por vezes, é colocada em xeque.
No entanto, sem tomar a parte pelo todo, não podemos nos esquecer de quem nos protege 24 horas por dia. A polícia é nossa amiga. A polícia é justa e legalista!
A Guarda Municipal é bem-preparada. Ela protege, previne, salva, educa, orienta, pacifica, enfrenta o crime, torna a sociedade melhor e, quando na nossa presença, traz uma sensação de segurança.
Sendo assim, de que importa questionar se ela atua como polícia? O importante, não é a resposta que será dada a essa pergunta. O importante é saber que quando você precisar dela, a Guarda Civil estará lá!
Quando alguém se vê em perigo, não importa a cor do uniforme, nem o nome da instituição. Quem está em perigo quer ser salvo.
Logo, diante de questionamentos tendenciosos, a melhor resposta sempre será aquela que demonstra o tamanho do bem que a Guarda Municipal faz pelo povo que ela protege!

Sua criação

Em fevereiro de 1986, Paulo José Barbosa, um militar reformado foi contratado para treinar os primeiros guardas civis metropolitanos de São Paulo, ajudando Jânio Quadros, que já tinha assumido como prefeito, a cumprir sua promessa. – Na campanha à Prefeitura de 1985, o candidato Jânio Quadros prometeu devolver aos paulistanos uma versão municipal da extinta guarda civil estadual.

A criação oficial da Guarda Civil Metropolitana (GCM) ocorreria meses depois, com a Lei 10.115, no dia 15 de setembro de 1986, proposta pelo Executivo. A primeira turma tinha 150 agentes e portava armas emprestadas pelo Exército. Atualmente, são 7.500 agentes da GCM.

Marcos Bazzana Delgado – Especialista em Segurança Pública
Inspetor de Divisão da GCM



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