Educação: Pelo engajamento dos coletivos, organizações de bairro e comunidade nas escolas

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Recentemente participei de um programa de intercâmbio do Governo Brasileiro em Ohio nos Estados Unidos voltados para os professores da Rede Pública brasileira. Uma das coisas que me chamaram atenção nas aulas de metodologia, é como os americanos admiram Paulo Freire e como estas técnicas são implantadas nas escolas públicas das terras do Tio Sam. Parece estranho?! Mas não é! A forma como eles atuam neste engajamento da escola com a comunidade é muito peculiar e de representatividade, capaz de construir a relação de pertencimento.

Diferente do Brasil, onde a escola é praticamente um depósito de estudantes e mesmo dentro das periferias, a impressão que dá, é que ela é apenas um ponto de referência, porém, muitas vezes afastada da comunidade. Sabemos que o papel da comunidade na periferia é fundamental para o desenvolvimento e crescimento de uma região. Quando a comunidade se une e trabalha em conjunto, é possível alcançar grandes realizações e melhorar a qualidade de vida de todos os moradores.

Ao visitar algumas escolas públicas nos EUA percebe-se que há um engajamento, ao andar pelos corredores e contemplar fotos oficiais dos moradores mais antigos, assim como as casas mais antigas do bairro e com dezenas de murais de ex-alunos e quem eles são nos dias atuais. Muitos são engenheiros, advogados, etc. Todas estas informações, algumas são passadas por entidades civis do bairro, como “Sociedade Amigos”, ou algum coletivo da região, que se interagem com as escolas diretamente.

Sabemos que na periferia, muitas vezes, ou quase sempre, o poder público não consegue atender todas as demandas da população. Por isso, é importante que os moradores se organizem e se mobilizem para buscar soluções e melhorias para os problemas da região e a escola deve sim, estar completamente engajada.

A comunidade não é só para se envolver em diversas atividades, como a criação de associações de moradores; realização de mutirões de limpeza e manutenção, a organização de campanhas de arrecadação de alimentos e agasalhos para ajudar as famílias. Mas se engajar com as direções das escolas para trabalharem em conjunto, em prol de politicas educacionais, que possam fazer com o estudante se sinta pertencente ao bairro e com perspectivas de futuro, entre outras iniciativas.

Mas não basta apenas se mobilizar e trabalhar em conjunto. É importante que a comunidade também tenha um papel ativo na construção de uma cultura de solidariedade, respeito e cidadania. Isso significa valorizar e respeitar as diferenças culturais, étnicas e sociais, e buscar a integração e a convivência pacífica entre todos os moradores.

Por fim, é fundamental que a comunidade se mantenha informada e consciente dos seus direitos e deveres como cidadãos. A educação e a informação são ferramentas poderosas para fortalecer a participação cidadã e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Por tudo isso, a comunidade tem um papel fundamental na periferia. Quando os moradores se unem e trabalham em conjunto, é possível transformar a realidade da região e construir um futuro melhor para todos.

Fonte O Bairro

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