O evento esportivo mais esperado do ano encerrou no domingo dia 18/07: A Copa América de Basquetebol em Cadeiras de Rodas 2022.
O Basquetebol em Cadeiras de Rodas-BCR teve seu início no Brasil, por volta de 1958, foi um dos primeiros esportes adaptados praticados e se tornou hoje um dos mais populares no país. O BCR é uma prática esportiva que foca tanto na recreação quanto no Alto Rendimento. O BCR cresce cada vez mais no país e o Brasil recebeu com muita honra esse ano de 2022 a Copa América. As melhores Equipes do BCR das Américas estiveram na metrópole São Paulo, para a maior competição desse esporte no Brasil. O evento que foi organizado pela IWBF Américas e Confederação Brasileira de Basquetebol em cadeiras de Rodas (CBBC) teve início no dia 13, e a final nesta segunda feira 18 de julho.
Durante a abertura no espaço reservado da ADD – Associação Desportiva para Deficientes, esteve presente o subprefeito do Jabaquara Roberto Bonilha, que declarou a alegria de estar conhecendo a Centro Paraolímpico Brasileiro, “quero agradecer a oportunidade de conhecer o Centro Paraolímpico que está no nosso distrito Jabaquara, estou realmente impressionado com a estrutura internacional e feliz de ver que o esporte paraolímpico tem todo esse equipamento e desejo sorte a todas as equipes nesta Copa América”. Esteve presente também o diretor superintendente da ACSP Distrital Centro Sul, Jefferson José da Silva, que demonstrou a emoção de estar á frente de uma Copa tão importante para nosso país, “estou emocionado ter vivido esse momento, e quero parabenizar a ADD e os organizadores desta Copa América em São Paulo e desejar sucesso para todas as equipes e atletas”.
Durante abertura o publico pode assistir uma dança na cadeira de rodas realizada pela bailarina Solange Martins, e o professor Mauricio Diniz do Instituto Gnética Academia de Dança, parceira da ADD. Há 13 anos realizam o Projeto Rodas que Voam, e há mais ou menos cinco anos viram a necessidade de sair e expandir o projeto, “e percebendo todos esses atletas paralímpicos pensamos porque não fazer isso dentro do universo da dança, ela poderia ser muito mais elaborada e trabalhada nesse contexto que é o nome Rodas que Voam” .
Seleção feminina de basquete em CR vence Argentina, leva o bronze da Copa América e garante vaga em Mundial; time masculino fica em 4º
A Seleção Brasileira feminina venceu a Argentina por 57 a 45 na manhã desta segunda-feira, 18, no Centro de Treinamento Paralímpico, e conquistou a medalha de bronze da Copa América. A vitória também valeu uma vaga para o Mundial da modalidade, que acontecerá de 16 a 27 de novembro de 2022, em Dubai, Emirados Árabes Unidos.
Já a Seleção masculina foi derrotada pelo Canadá por 46 a 56 e encerrou a sua participação na quarta colocação, também assegurando seu lugar na competição no final do ano, já que quatro países se classificavam na disputa entre os homens.
Brasil e Argentina fizeram a reedição da disputa do terceiro lugar da última Copa América de basquete em cadeira de rodas, em Cáli 2017, na Colômbia, quando as brasileiras também saíram vitoriosas de quadra por 48 a 29.
A equipe nacional feminina foi jogar a disputa do bronze após ser derrotada pelos Estados Unidos por 68 a 30 neste domingo, 17.
“Elas sentiram bastante [a derrota nas semifinais], porque era uma vontade nossa estar em uma final em casa. Mas chegamos mais cedo aqui na quadra, fizemos alguns recreativos para esquecerem o que havia acontecido ontem e elas conseguiram entrar em quadra mais aliviadas”, afirmou Rogério Pinheiro, treinador da Seleção Brasileira feminina.
“Brasil e Argentina vai ser catimbado até em jogo de botão. Teve bastante contato, as jogadoras delas tentando tirar o nosso psicólogico e vice-versa. Mas conseguimos impor o nosso jogo no final e conseguir a classificação. Agora vamos trabalhar para ficar entre as 10 melhores Seleções do mundo. Já será um grande passo para a gente”, avaliou.
O primeiro quarto começou muito equilibrado, com as duas defesas se sobressaindo sobre os ataques. Mas, aos poucos, as brasileiras começaram a acertar mais os passes ofensivos e abriram vantagem no placar: 15 a 11.
Antes do intervalo, as donas da casa chegaram a abrir 10 pontos de diferença no marcador, mas depois as argentinas voltaram a equilibrar o confronto com a maioria dos rebotes e erros das brasileiras. Com isso, o placar de 27 a 23 mantinha o duelo em aberto.
No terceiro e quarto períodos, a Seleção Brasileira melhorou na marcação com algumas mudanças do técnico Rogério Pinheiro e, assim, começou a ampliar a diferença no placar. Até o zerar do cronômetro, as brasileiras conseguiram manter uma média de 10 pontos na frente e decretaram a vitória e a classificação em 57 a 45.
“Jogar contra a Argentina é sempre uma emoção. Hoje, viemos para garantir a vaga, porque era a nossa meta nessa Copa América. Batalhamos dentro de quadra para atingirmos isso. E, disputar uma competição com torcida no CT Paralímpico, foi importante para a gente mostrar que temos potencial de chegar longe”, apontou a capixaba Maxcileide Ramos, que também foi medalhista de bronze na Copa América em 2017.
SELEÇÃO MASCULINA
A Seleção Brasileira masculina também entrou em quadra na manhã desta segunda, 18, para disputar a medalha de bronze, mas foi superada pelo Canadá por 56 a 46.
Os canadenses abriram o placar da partida e venceram o primeiro quarto por 18 a 11. A equipe norte-americana continuou com a vantagem no segundo período, mas o Brasil encostou na contagem nos últimos instantes: 26 a 25.
A segunda metade da partida começou com uma cesta de três pontos brasileira, mas o Canadá empatou logo em seguida (28 x 28). O terceiro quarto foi disputado cesta a cesta. Juninho, que substituiu Luciano, foi o destaque deste período para a equipe brasileira, que finalizou o quarto na frente: 39 a 36.
Porém, os canadenses viraram e fecharam o jogo com dez pontos de diferença: 56 a 46.
“A gente tem um grande objetivo, os Jogos de Paris 2024. O Brasil tem grandes jogadores, mas a preparação é muito importante. Queremos sempre o melhor resultado e acredito que, se tivermos fases de treinamento, amistosos internacionais, a gente chega lá. Temos uma grande preparação pela frente, o Mundial é muito importante”, analisou Ana Cardoso, técnica da Seleção Brasileira masculina de basquete em CR.
O cestinha da partida foi o canadense Nikola Goncin, com 33 pontos. Anderson Ferreira foi o maior pontuador brasileiro, com 18 pontos.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro
Foto: Ale Cabral/CPB