O Aedes aegypti, mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya, Zika e Febre Amarela se reproduz o ano todo, mas é durante o verão que os mosquitos encontram condições ideais e se proliferam ainda mais por causa das constantes chuvas e do calor.
Segundo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde foram contabilizados mais de 979 mil casos suspeitos de dengue no Brasil ao longo de 2020. Outras doenças infecciosas transmitidas por picadas de mosquitos também tiveram números relevantes: foram registradas 80 mil notificações de Chikungunya, cerca de 7 mil de Zika vírus e 19 de Febre Amarela (única com vacina já disponível).
Estes números podem crescer ainda mais em 2021, já que o medo do coronavírus fez com que aumentasse a recusa de visitas dos agentes de zoonoses que fazem o combate em casas ao mosquito Aedes aegypti.
Outro dado alarmante é que, também devido à pandemia da covid-19, muitos municípios brasileiros não fizeram o Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), o que pode atrapalhar as políticas de enfrentamento do mosquito proliferador de várias doenças virais. Os dados são da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e foram divulgados em janeiro de 2021.
O combate às chamadas arboviroses (doenças transmitidas pelo Aedes) também é responsabilidade da população e todos devem fazer sua parte.
Veja como eliminar os focos dos mosquitos para evitar o nascimento de novos transmissores: Evite deixar água parada em pneus velhos, calhas, garrafas, brinquedos que ficam no quintal ou varanda; Coloque areia nos pratinhos de vasos de plantas para evitar que o lugar vire criadouro do mosquito; Troque com frequência a água e lave com uma escovinha o recipiente dos animais de estimação; Faça uma vistoria dentro de casa, onde pode haver depósitos de água parada que passam despercebidos, como o reservatório que fica atrás da geladeira, sanitários e ralos pouco utilizados; Reserve dez minutos por semana para fazer esta vistoria na sua casa. O controle do Aedes aegypti e consequentemente da dengue depende de cada indivíduo e pode salvar vidas na sua família, dos seus vizinhos e na sua comunidade;
Além disso, é preciso contar com repelentes eficazes contra o mosquito Aedes Aegypti e muitos outros, como é o caso do Fly Biorepelente® da Aya Tech, start-up que desenvolveu o produto com nanotecnologia 100% brasileira.
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O Aedes aegypti
O mosquito transmissor do vírus da dengue, zika e chikungunya é o Aedes aegypti. Ele se caracteriza pelo tamanho pequeno, cor marrom médio e por nítida faixa curva branca de cada lado do toráx. Nas patas, apresenta listras brancas.
Quais os hábitos dele?
O Aedes aegypti vive de 35 a 45 dias, sendo que sua alimentação, reprodução e postura dos ovos ocorre durante o dia. A atividade do mosquito ocorre preferencialmente no início da manhã e final de tarde. Entretanto estudos tem indicado a possibilidade de que este período esteja se ampliando. As fêmeas do mosquito necessitam do sangue humano para a maturação dos ovos. Dessa forma, é nesse momento que pode ocorrer a transmissão das doenças (tanto da transmissão do vírus aos seres humanos, como a infecção do mosquito ao picar uma pessoa doente no período de viremia).
Ciclo de Reprodução
A fêmea deposita até 100 ovos nas paredes internas de recipientes que tenham ou que possam acumular água. A fêmea escolhe mais de um local para realizar cada postura, o que garante maior sucesso reprodutivo, ou seja, podem nascer insetos de vários recipientes no mesmo ambiente. Nesses locais os ovos podem durar até um ano e meio. Em contato com a água, os ovos desenvolvem-se rapidamente em larvas, que dão origem às pupas. Delas, surge o adulto num ciclo de, aproximadamente, 7 dias. Por isso a importância de que cada um observe o seu ambiente ao menos uma vez por semana para eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti.
DengueD
O que é? É uma infecção causada por um vírus, que apresenta quatro sorotipos diferentes, DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4. Por isso, é possível contrair a doença até quatro vezes, já que a infeção por um sorotipo não gera imunidade para os demais. A chance de a doença evoluir para uma forma grave é maior nas pessoas que já tiveram a infecção anteriormente do que em pessoas que nunca contraíram o vírus. Os sintomas são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. A doença pode evoluir para uma forma mais grave e ocasionar sangramento na pele, mucosas, órgãos internos e até levar à morte.
Como se transmite?
A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectada com o vírus. A principal medida é eliminar os criadouros do mosquito.
Diagnóstico
É realizado por exames laboratoriais pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN), que indicam a presença do vírus ou de anticorpos da doença.
Tratamento
Não existe medicamento específico contra a dengue. Os sintomas podem ser aliviados com o uso de remédios para dor ou febre, prescritos pelo médico. Para prevenir o agravamento da doença, é importante ingerir bastante líquido.
Não devem ser usados medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (Aspirina, Melhoral, AAS) e anti-inflamatórios, pois podem aumentar o risco de hemorragias.