O Contrata SP da Prefeitura ajuda os jovens a ingressar no mercado de trabalho, com vagas em call center. Ação ocorre na semana em que se comemora o Dia Mundial da Juventude.
A Prefeitura de São Paulo continua nesta quarta-feira, dia 29 de março, o atendimento de jovens em busca de emprego no mutirão Contata SP — Juventude, em celebração ao Dia Mundial da Juventude, comemorado no próximo dia 30. O processo seletivo começou nesta segunda-feira nas unidades Central, Interlagos, Itaim Paulista do Cate – Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo e também na Casa de Cultura da Freguesia do Ó. Foram mais de 2 mil inscritos on-line, que passaram por triagem para concorrer a 1.000 vagas no setor de teleatendimento, para jovens a partir dos 16 anos de idade.
“Reconhecemos o fato de que hoje em dia jovens sentem mais dificuldade para conseguir emprego, devido a uma série de mudanças que ocorreram no mercado de trabalho, nas últimas décadas, e também agravado pela pandemia. Essa é uma das iniciativas que colocamos em prática para ajudar quem está começando a ingressar no mercado de trabalho, especialmente aqueles que não possuem nenhuma experiência ainda”, explica a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso. “Os processos que realizamos em parceria com as empresas contratantes são feitos pensando em tornar a experiência simplificada e receptiva para esses jovens, que passam também por etapas de orientação. Neste primeiro dia de seleção 54 estagiários foram aprovados e cerca de 200 candidatos, acima dos 18 anos, passaram para a próxima etapa de seleção”, destaca também a secretária.
Antes das entrevistas, os participantes são convidados a integrar a oficina Elabora, com suporte técnico da Fundação Paulistana, da Prefeitura de São Paulo, que prepara para a seleção e dá dicas sobre como se portar nessas ocasiões. Depois, o recrutamento é realizado pela área de recursos humanos da empresa, presente nas unidades do Cate.
Caio Alves, que participa da condução desse processo seletivo pela empresa, explica mais sobre as oportunidades. “Hoje, prefiro usar o termo ‘call center’ ao invés de ‘telemarketing’. Acho que reflete melhor o olhar mais humanizado que praticamos atualmente, sem aquele atendimento engessado, seguindo roteiro, como era antigamente. Agora, o funcionário tem muito mais autonomia no atendimento ao público e pode desenvolver diversas habilidades. Além de ser uma ótima porta de entrada para o mercado de trabalho, nós incentivamos o desenvolvimento pessoal e profissional do jovem, inclusive podendo evoluir dentro da própria empresa”.
Candidatos
Alguns dos jovens que participaram do processo seletivo nesta segunda (27) comentaram sobre as principais dificuldades enfrentadas ao procurar emprego. Lucas Baron, 18 anos, citou a questão da experiência entre as barreiras a serem superadas. “As empresas poderiam fazer outras avaliações na minha percepção. Por exemplo, se é uma pessoa gosta de falar com o público, poderiam dar essa oportunidade se for uma atividade do cargo, mas geralmente pedem experiência. Seria importante avaliar as aptidões para facilitar na conquista da vaga”.
Já Gabriel Ferreira (21) contou uma história envolvendo a primeira vez que foi contratado e que, segundo sua avaliação, faltou orientação. “Era em uma lanchonete, mas durou só um dia. Como não tinha conhecimento sobre o trabalho, acabei aceitando uma atividade que o horário era incompatível com o transporte utilizado para voltar para casa. Acabou não dando certo, pois não teria ônibus no horário da minha saída, foi frustrante”.
Os entrevistados também relataram o que acharam de participar do Contrata SP. “A minha experiência foi muito boa, talvez a melhor que eu já tive até agora procurando emprego. Com 16 anos, quando eu comecei, eu não tive toda essa orientação. Fiquei tranquilo, muito confiante. Eu gostaria de agradecer vocês por trazer também essa bagagem extra para gente saber como se portar, como as dicas que foram passadas antes da entrevista”, disse Baron.
Ferreira também menciona a melhoria na confiança, depois de passar pela oficina. “Estou procurando emprego no Cate porque eu quero me estabelecer financeiramente para poder pagar meus estudos, pretendo fazer curso de licenciatura em história. Aqui, eu senti que realmente tenho chance de conseguir algo que me permita conciliar os dois”.
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