Além dos shows, das rodas de conversa e da feira de economia criativa, em 2025 a iniciativa também irá promover oficinas de comunicação em escolas públicas do Capão Redondo e região.
Já virou tradição! Há três anos, sempre no mês de outubro, a zona sul se prepara para receber o Festival CultCom, evento realizado no Sesc Campo Limpo, que promove o encontro entre artistas independentes, produtores culturais, comunicadores populares, jornalistas periféricos e empreendedores da economia criativa que atuam na zona sul da capital paulista.
A programação começa dia 1º de outubro com uma novidade: o CultCom nas Escolas, que levará intervenções pedagógicas para os alunos de quatro escolas públicas no Capão Redondo e Campo Limpo. As atividades serão realizadas em parceria com o Clube de Criadores EduCapão, projeto de educação midiática do Capão Redondo, e contará com a mediação de oito educadores especialistas. Serão dois dias dedicados a compartilhar conhecimento, a partir de oficinas com temas que tem tudo a ver com o evento: produção de podcast, técnicas de fotografia, escrita criativa e teatro musical. Já na sexta-feira, dia 3, às 19h, o evento começa oficialmente com um bate-papo sobre “Produção, Propósito e Potência”, que juntará nomes referência na promoção da cultura na zona sul: Diane Padial (FELIZS), Deia Moreno (Bora Produção) e Nicoly Soares (É Tudo Nosso! Prod), com mediação da anfitriã do evento, Gisele Alexandre (Pauta Periférica).
Abrindo a programação musical, o CultCom leva para palco do Sesc Campo Limpo mais uma atração inédita: Jup do Bairro, artista premiada e cria do Capão, convida a icônica Maria Alcina e o talentoso rapper Jonnas Rosa, para um show cheio de cor, afeto e provocação. É a quebrada se conectando com a história da música brasileira num espetáculo que cruza gerações e energias. Este show acontecerá às 21h, e será necessário a retirada de ingressos uma hora antes do show na bilheteria.
No sábado, dia 4, o destaque à diversidade se mantém forte na programação. Às 16h, acontece o bate-papo “Mulheres Dissidentes”, que coloca em cena a força de Renata Freire (Mulheres em Série) e Dandara Marya (Aquenda Hub), numa conversa mediada pela jornalista Sanara Santos (ÉNois). Na sequência, pela primeira vez no CultCom, vai rolar uma Ballroom, com a participação das performances Grit Cabal, Zuri 007, Ravi Odara e Jordana Candaces, que levarão a energia da comunidade LGBTQIAPN+ periférica e negra, descentralizando essa expressão cultural e criando oportunidades para que pessoas diversas, em especial pessoas trans e travestis, possam vivenciar, celebrar e transformar suas histórias através da arte. Mais que um evento, a Ballroom é um movimento que conecta periferia, negritude e diversidade, criando um futuro onde a resistência vira celebração e a celebração vira futuro.
No domingo, dia 5, a partir das 14h, o público do Festival CultCom poderá circular pela Feira de Economia Criativa, iniciativa que valoriza quem empreende e faz cultura a partir do território. Dessa vez, serão sete expositores: Vitrine Periférica brechó com curadoria feita pelas mulheres da Casa Periférica; Adê artista visual que cria pinturas e xilogravuras que destacam a cultura africana do continente e da diáspora; Alquimia Zen que une a sabedoria ancestral com técnicas modernas para criar produtos para corpo, mente e espírito; Arte da Lily ateliê especializado na criação de bonecas artesanais que valorizam a representatividade e a identidade cultural; Bandeira Bolsas marca artesanal que nasceu para quebrar padrões e valorizar a autenticidade; Guga e Lara empreendimento de costura criativa de utilitários, bolsas e bordado; e Preta Flor Acessórios Afro apresenta peças sustentáveis, que fortalecem a identidade das mulheres para sejam protagonistas do seu bem-estar.
O encerramento desta edição, ficará por conta da Comunidade Vila do Samba, movimento cultural que une música, identidade negra e ação social por meio de rodas de samba, convidando as cantoras Nayra Lays e Roberta Oliveira, para celebrar a nossa ancestralidade.
Nesse ano, além dos mestres de cerimônia fixos, a jornalista Gisele Alexandre e rapper Cocão Avoz, o evento terá também um MC convidado, o influenciador digital Glay Nunes.
Mais uma vez, o Festival CultCom mostra que quando comunicação e cultura nascem do território, elas não só transformam a cena, como também fortalecem memórias, identidades e futuros. Toda a programação é gratuita, porque acreditamos que cultura feita na quebrada e pela quebrada é para todo mundo.
Realização
A Pauta Periférica, idealizadora do CultCom, é uma produtora de conteúdo multimídia popular e periférica do Capão Redondo, que tem o propósito de democratizar as técnicas de comunicação e criar narrativas empáticas para quem vive às margens da cidade. Além do evento, a produtora também é responsável pelo Manda Notícias, veículo de mídia independente que é referência nacional no segmento do jornalismo local, e pelo EduCapão, programa de formação midiática, que permite que jovens periféricos possam aprender técnicas de jornalismo cultural, produção multimídia e tendências de distribuição de conteúdo, com intuito de ampliar o repertório, criar novas perspectivas e ainda fortalecer a comunicação popular, a partir do protagonismo da juventude que vive no território.
Saiba mais sobre o Festival
O CultCom é mais que um evento, é um movimento cultural periférico que promove o encontro entre artistas independentes, produtores culturais, comunicadores populares e jornalistas periféricos que atuam na zona sul da capital paulista, a partir de uma programação diferenciada, que cria espaços de diálogos que potencializam as narrativas periféricas e fortalecem a identidade cultural do território. Como parte da programação são realizados: bate-papos com personalidades inspiradoras; entrevistas no formato podcast ao vivo; Feira de Economia Criativa; além de apresentações musicais com cantores e cantoras independentes e também reconhecidos, criados na comunidade.
A primeira edição do Festival CultCom, realizada durante quatro dias do mês de outubro de 2023, contou com o apoio do Sesc Campo Limpo e do espaço cultural NuCapão. Mais de 60 artistas participaram da programação, entre artistas plásticos, DJs, além de mesas de conversas mediadas por jornalistas periféricos, gravação de podcast ao vivo, flash tattoo e diversos shows de artistas locais, entre eles alguns já consagrados como Mano Brown, Lino Krizz, Gaspar Z’África, Kelly Neriah e Luis Celestino. Em 2024, com intuito de ampliar o espaço para os artistas locais, o evento ganhou um novo formato, sendo realizado com mais frequência com uma programação “compacta”. Ano passado, foram realizados três edições do “Esquenta CultCom”, durante os meses de março, maio e julho, além do Festival, que tradicionalmente acontece em outubro no Sesc Campo Limpo. Para 2025, já foram realizados dois eventos “Esquenta”, um no Zé Batidão, espaço conhecido por abrir por anos o sarau Cooperifa, e na Fábrica de Cultura do Capão Redondo. Para início de outubro, já estão confirmados três dias de Festival no Sesc Campo Limpo. Como de costume, o CultCom sempre se inova e, em 2025, trará intervenções dentro nas escolas promovendo oficinas de produção de podcast, técnicas de fotografia, escrita criativa e teatro musical. Outro destaque deste ano é que em novembro será realizado uma festa nomeada de “Ressaca”, que acontecerá na Casa de Cultura do M´Boi Mirim, encerrando assim o ciclo de eventos CultCom no ano.
Serviço:
Festival CultCom 2025
Datas: 3, 4 e 5 de outubro de 2025
Local: Sesc Campo Limpo Endereço: R. Nossa Sra. do Bom Conselho, 120 – Vila Prel, São Paulo – SP
Entrada Gratuita
Canais oficiais do Festival: cultcom.com.br
Instagram @cultcom_
Facebook @festivalcultcom