A prevalência de infectados pelo novo coronavírus na cidade de São Paulo chegou a 11,1% da população, ou seja, 1,32 milhão de residentes na capital paulista já tiveram contato com o vírus, de acordo com o resultado da fase dois do inquérito sorológico feito pela prefeitura e apresentado no doía 28 de julho.
Por região, 16,1% dos moradores da zona sul já contraíram covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, e na zona leste foram 13,3%. No sudeste da cidade, 9,3% da população contraiu o vírus, enquanto na zona norte foram 8,2%. Na região centro-oeste foram 3,7%, percentual menor do que nas fases anteriores (6,3% e 10,1%), e atribuído à dificuldade maior em testar moradores.
Nesta fase foram entrevistados e testados, até o dia 20 de julho, moradores de 5,6 milhões de domicílios com base nos dados de IPTUs, hidrômetros e 472 unidades básicas de saúde, chegando a um total de 5.760 pessoas e 2.328 coletas de material para exame. Com esses dados, a prefeitura pretende conhecer a situação sorológica da população e direcionar as estratégias de saúde para combater de maneira mais eficiente a covid-19.
O inquérito mostrou que nesta fase os mais atingidos pelo vírus foi a de pessoas acima de 65 anos (13,9%), o que requer neste momento uma estratégia específica da Secretaria Municipal de Saúde com relação aos idosos.
Segundo os dados, a prevalência entre os indivíduos com ensino fundamental e médio foi maior, chegando a 16,4%. Além disso os mais atingidos pelo novo coronavírus na fase 2 foram os pretos e pardos (14,6%) e das classes D e E – 13,3% e 17,7% respectivamente, o que mostra que os mais infectados continuam sendo as pessoas desempregadas e mais vulneráveis.
Distanciamento social
Quando avalia o distanciamento social, o inquérito revela que se acentua nessa fase o percentual de pessoas que não cumpriram a medida e contraíram a covid-19 (25,2%) e testaram positivo. Entre os que fizeram o isolamento parcialmente 18,4% foram infectados e para aquele que fizeram o isolamento de forma correta a prevalência foi menor (8,5%).
Entre os que sempre usam a máscara de proteção em locais públicos, a contaminação chegou a 9%. Entre os que usaram a maioria das vezes foi de 21,8% e os que usam de vez em quando, 30,5%.
Da mesma maneira, o levantamento mostrou que entre a população que está em teletrabalho a incidência foi menor (8%) e para os que trabalham fora de casa foi de 14,3%. Já os que trabalham de forma mista foi de 8,2%. Entre os desempregados, 15,1% já tiveram contato com o vírus.
A estimativa de proporção de assintomáticos nesta fase do inquérito que apresentaram teste reagente para covid-19 foi de 39,7%.
Por conta desses resultados relacionados à idade predominante, o prefeito Bruno Covas solicitou à Secretaria Municipal de Saúde que faça um inquérito paralelo à fase 4 com exclusividade para crianças e adolescentes.
Para Covas, o novo coronavírus está mostrando de fato a desigualdade existente na capital. A população com menos instrução pega mais. Mostra ainda a desigualdade racial, já que os pretos e pardos têm 60% mais chance de pegar do que os brancos.
Pontos de aglomerações
As regiões Jabaquara e Cidade Ademar vem concentrando um grande número de jovens em finais de semana nos bailes funk, e isso vem fazendo com que esses distritos fiquem em alta em números de infectados pelo coronavírus pois em todas as analises esta comprovado que o distanciamento ainda é a melhor opção para não ser contraído pelo vírus, nesse caso aumenta também os familiares muitas vezes idosos, pessoas com quem residem esses jovens que ficam de sexta a domingo envolvidos nestes tipos de eventos ou mesmo em bares abertos e que muitas vezes fora do protocolo imposto pela prefeitura. Diante desses acontecimentos essas regiões estão em evidência pelo aumento de novos casos e leitos dos hospitais tomados.